Pesquisa revela quais os benefícios mais desejados

Levantamento foi realizado com 620 profissionais brasileirosDe acordo com pesquisa da Robert Half, realizada entre os dias 20 e 31 de julho com 620 profissionais brasileiros, a maioria dos entrevistados (86%) concorda que seria interessante que alguns benefícios mudassem daqui para a frente. Entre os destaques do levantamento está a mudança na forma como os colaboradores passam a encarar o trabalho remoto e o apoio psicológico que emerge como um dos novos auxílios ofertados pelas organizações.

 

Trabalho Remoto

A necessidade de promover o distanciamento social acelerou a adoção do trabalho remoto. Antes da pandemia, apenas 35% dos profissionais faziam home office, enquanto, depois do início dela, 95% tiveram a possibilidade de adotá-lo. Os colaboradores afirmaram que passarão a considerar o home office como um modo de trabalho e não mais como um benefício (opinião de 80% dos profissionais empregados e de 77% dos desempregados); e 11% dos entrevistados empregados ainda disseram que não aceitariam uma proposta de trabalho de uma empresa que não oferecesse trabalho remoto de maneira parcial ou integral. Por outro lado, entre os profissionais desempregados, a condição cai para 3%.

 

Benefícios na pandemia

O estudo mostra que 67% dos colaboradores acreditam que suas empresas fizeram boa gestão dos benefícios durante a pandemia e estão satisfeitos com os auxílios que recebem atualmente (75%). A maioria dos entrevistados (63%) não teve nenhum benefício suprimido. Já entre aqueles que tiveram algum corte, o vale-transporte aparece no topo da lista (19%).

Ainda segundo a pesquisa, benefícios tradicionais, como assistência médica, vale-alimentação e vale-refeição, seguem sendo os mais valorizados pelos profissionais. Para 77,8% dos entrevistados, o auxílio médico é considerado como o mais importante, sendo também o benefício mais disponibilizado pelos empregadores (85%).

Benefícios como aportes na previdência privada e auxílio financeiro para montar o home office não faziam parte da lista dos mais comuns oferecidos pelas empresas antes da pandemia, mas figuram entre os considerados como mais importantes pelos colaboradores. Estacionamento e vale-transporte – e outros referentes à locomoção para o trabalho –, no entanto, que estavam entre os mais oferecidos, não aparecem na lista dos mais desejados.

Por mais que grande parte dos profissionais (59%) tenha respondido que suas empresas não concederam novos auxílios com o início da pandemia, apoio psicológico lidera a lista de novos benefícios recebidos (14%), seguido por notebooks (11%). O auxílio financeiro para montar home office, antes oferecido a menos de 1% dos profissionais, passou a ser concedido a 8% dos entrevistados após a pandemia.

Futuro

Cerca de metade dos profissionais empregados (49%) acredita que o modelo de trabalho, no pós-pandemia, será “mais vezes em casa, do que no escritório”, seguido por “mais vezes no escritório, do que de casa” (23%). Entre os desempregados, quando perguntados sobre como gostariam que fosse o esquema de trabalho em um próximo emprego, existe uma similaridade entre “mais vezes em casa, do que escritório”, com 42%, e “mais vezes no escritório, do que de casa”, com 40%.

Na hora de aceitar uma nova proposta de emprego, 71% dos profissionais empregados dizem levar em consideração os benefícios, e, caso os auxílios considerados importantes não sejam ofertados, buscam negociar melhor o salário (entre os profissionais desempregados, o percentual é de 58%). Para outros 27% (33% entre os desempregados), os benefícios são avaliados, mas sem caráter decisivo, enquanto para o restante (2% entre os empregados e 10% entre os desempregados), a remuneração é o mais importante independentemente das demais condições do pacote oferecido pela empresa.

 

Fonte: Robert Half

Imagem: Alexandra Koch por Pixabay