Maioria prefere de ter leis trabalhistas como as dos americanos

Dado foi levantado em pesquisa feita por empresa global de estratégias de RH com mais de 200 pessoas de todo o país

Entre os dias 23 e 30 de agosto, a Signium – empresa global de estratégias de RH – foi a campo para ouvir 202 pessoas das cinco regiões do Brasil sobre mercado de trabalho, crescimento do país e reformas. O levantamento trouxe também informações sobre questões trabalhistas. Quase 80% dos entrevistados têm renda mensal acima de 10 salários mínimos e cerca de 75% deles têm pós-graduação, MBA ou doutorado.

Quando o assunto é desemprego, 51% dos entrevistados disseram não acreditar que a taxa no Brasil irá diminuir para os patamares anteriores à crise antes de três anos. Já 28% acreditam que somente em 2021 isso será possível. Uma parcela mais otimista, de 16%, acredita que a taxa de desemprego no Brasil irá diminuir já em 2020. Outros 5% acham que o país teve uma década perdida e que haverá outra pela frente.

A Signium perguntou aos entrevistados, ainda, se eles gostariam de ter leis trabalhistas iguais ou similares ao modelo americano, ou seja, mais autonomia na relação entre empregado e empregador. A ampla maioria (72%) afirmou que gostaria. Ficou empatado o número de pessoas que não querem (14%) e que não sabem (14%).

Para 41% dos entrevistados, o Brasil crescerá entre 1% e 1,5% em 2020. Ao serem questionados sobre a expectativa de crescimento no ano que vem, 28% apostam em algo entre 1,5% e 2%, enquanto 16% acreditam em um crescimento de até 1%. A parcela que espera um crescimento superior a 2% totalizou 15% dos entrevistados.

Prioridades

Para 52% dos entrevistados, a reforma tributária é prioridade para o país; já 16% afirmam que um plano de privatizações mais agressivo é mais importante neste momento. Outros 15% acham a reforma administrativa mais importante, enquanto 14% consideram prioritário o pacote anticorrupção do ministro Sérgio Moro e 3% defendem uma nova reforma trabalhista.

“O objetivo da pesquisa era entender a percepção de empresários, executivos e candidatos a vagas de perfil sênior sobre como o Brasil irá se comportar no caso da aprovação ou não das reformas. Queremos conhecer os impactos nos investimentos, taxa de desemprego e outros assuntos valiosos para a vida do Brasil e dos brasileiros”, afirma Marcelo Apovian, sócio da empresa.

O levantamento mostra que 99% dos entrevistados são favoráveis à reforma tributária. Do total de pessoas consultadas, 94% acreditam que, se for aprovada, a reforma irá melhorar o ambiente de negócios no Brasil e diminuir o desemprego no país.

 

Imagem: Craig Clark por Pixabay