Contratações temporárias registraram aumento de 20,6%

Geração de vagas foi a maior desde o início da série histórica, em 2014

Apesar dos desafios e incertezas com relação à economia, gerados pela pandemia de covid-19, o trabalho temporário – previsto nos termos da Lei Federal 6.019/74 e do Decreto nº 10.854/2021 – alcançou números expressivos com relação às contratações.

Segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), a modalidade foi responsável por gerar 2.415.419 vagas temporárias no Brasil em 2021, um crescimento de 20,6% com relação ao ano anterior, quando foram geradas 2.002.920 vagas.

 A geração de mais de 2,4 milhões de vagas temporárias em 2021 é o maior patamar já registrado desde o início da série histórica, em 2014. O que reforça o importante papel que o Trabalho Temporário vem desempenhando no Brasil – e durante a pandemia – em ser solução para as empresas e no combate ao desemprego. “Tanto que vimos a efetivação dos temporários subir de 15% em 2019 para 22% em 2021. Com isso, são mais de 531 mil profissionais que se recolocaram no mercado de trabalho por meio da modalidade”, frisa o presidente da associação, Marcos de Abreu.

De acordo com ele, com a covid-19, boa parte das empresas demitiu profissionais permanentes, o que resultou em um aumento das vagas temporárias para atender à demanda aquecida a partir do segundo semestre de 2020. “O quadro de insegurança levou a uma situação em que o empresariado prefere preencher os postos com temporários, pois, se precisar efetivá-los, o processo é muito mais ágil do que a abertura de um processo seletivo que exigirá entrevistas, escolha e treinamento”, afirma.

 

Expectativas para 2022

As contratações por meio do trabalho temporário devem seguir em alta em 2022, segundo a Asserttem. “Entretanto, continuamos com um olhar cauteloso com relação às contratações, principalmente no primeiro trimestre do ano, devido a fatores como as incertezas do mercado, o clima e a nova variante ômicron, um cenário em que as empresas estão receosas com o futuro e seguram a abertura de novas vagas”, ressalta Abreu.

 Para ele, o setor da Indústria deve reduzir o alto ritmo de contratações que foi verificado em 2020 e 2021, mas ainda se apoiará no trabalho temporário para atender suas demandas. “Já o Comércio deve retomar as contratações, principalmente nas datas sazonais; e o setor de Serviços, que estava contido, vem aos poucos repondo suas vagas e utilizando a modalidade para isso”, conclui.

 

Fonte: Asserttem

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