Final de ano promete gerar 105 mil vagas temporárias no país

Até o final do ano, devem ser contratados 105 mil temporários em todo Brasil, uma retração de 35% na comparação com 2014, de acordo com a pesquisa da Federação Nacional dos Sindicatos das Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fenaserhtt) e do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo (Sindeprestem), desenvolvida pelo Centro Nacional de Modernização Empresarial (Cenam).

A maior parte dos contratos firmados nesta época do ano possivelmente deve durar entre 61 e 90 dias, segundo 48% das empresas pesquisadas. De todos os temporários selecionados, 70% serão treinados pelas contratantes. A expectativa é de que quase 6 mil deles sejam efetivados pelas contratantes após o término do contrato.

Para Vander Morales, presidente da Fenaserhtt e do Sindeprestem, as contratações serão pautadas por necessidades pontuais, ou seja, primeiro as empresas avaliam a real necessidade de expandir temporariamente a quantidade de funcionários para depois contratar. “O trabalho temporário é fundamental para a economia, sobretudo em tempos de crise econômica, porque encurta e facilita o encontro entre candidatos e vagas. O contingente de desempregados no Brasil não para de crescer. Ao mesmo tempo, oportunidades são negadas aos jovens que, sem experiência, enfrentam dificuldades para participar do mercado de trabalho.”

No geral, os temporários neste período têm entre 22 e 35 anos (72%) por se tratar de uma época do ano com intensa movimentação, que exige mais esforço e dedicação. Em relação ao nível de escolaridade, espera-se que 61% dos contratados tenham ensino médio completo; 18% com ensino técnico; 16% com nível universitário; e 5% apenas com primeiro grau. A expectativa é de que 32 mil contratados sejam jovens em situação de primeiro emprego.
Comércio e indústria

A indústria e o comércio são os principais contratantes do trabalho temporário no final do ano. Diferente do que ocorreu nos anos anteriores, em 2015 a indústria responderá por 67% (cerca de 70 mil) das contratações e o comércio por 33% (próximo de 34 mil). Somente o comércio do Estado de São Paulo será responsável por admitir mais de 17 mil trabalhadores temporários até o final do ano.

“O setor industrial, acometido pelos efeitos da crise econômica, reduziu ao máximo o quadro de funcionários efetivos para conseguir se manter em atividade. Agora, para atender as demandas de final de ano, precisa recompor a força de trabalho e para isso contrata temporários”, comenta Morales.