Indústria paulista gera 2 mil postos de trabalho em fevereiro

Resultado para o mês é o melhor desde 2014, quando foram geradas 7,5 mil vagas, aponta pesquisa de nível emprego da Fiesp

A indústria paulista encerrou fevereiro com o melhor saldo de empregos para o mês desde 2014. Apesar de uma alta moderada de apenas 0,10% em relação ao último mês de janeiro, foram criados 2 mil postos de trabalho sem ajuste sazonal. Em fevereiro daquele ano, a indústria havia contratado 7,5 mil profissionais e no mesmo mês do ano passado houve corte de 3 mil vagas. Os dados de Nível de Emprego do Estado de São Paulo foram divulgados pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.

“Apesar de uma estabilidade na geração de empregos na indústria em fevereiro, esperamos aceleração desse saldo para os próximos meses estimulada pelo aumento da confiança empresarial e do consumo”, avaliou o segundo vice-presidente da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, lembrando que a entidade prevê a criação de 20 mil vagas no fechamento do ano.

Setores e regiões

Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de fevereiro, 10 ficaram positivos, 3, estáveis e 9, negativos. Entre os positivos, os destaques ficaram por conta de coque, derivado do petróleo e biocombustíveis, com geração de 1.030 postos de trabalho, seguido por confecção de artigos do vestuário e acessórios (1.019). No campo negativo ficaram, principalmente, produtos de borracha e de material plástico (-1.408) e produtos diversos (-622).

A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 36 Diretorias Regionais do CIESP. Por grande região, a variação no mês ficou positiva no Estado de São Paulo (0,10%), e no Interior paulista (0,27%). Já na Grande São Paulo, houve queda (-0,35%).

Entre as 36 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 21 que apontaram altas, destaque por conta de Franca (2,80%), influenciada pelo setor de artefatos de couro e calçados (5,13%) e coque, petróleo e biocombustíveis (2,27%); Mogi das Cruzes (2,03%), por produtos de minerais não metálicos (1,62%) e máquinas e equipamentos (1,72%); e Araraquara (1,35%), por produtos alimentícios (1,26%) e produtos de borracha e plástico (3,10%).

Já das 10 negativas, destaque para Matão (-2,65%), por produtos alimentícios (-3,99%) e máquinas e equipamentos (- 2,74%); Jaú (-2%), por artefato de couro e calçados (-10,10%) e coque, petróleo e biocombustíveis (-0,34%); e Santos (-1,53%), influenciado por produtos alimentícios (-2,56%), impressão e reprodução de gravações (-3,27%).