Ministério do Trabalho vai investir na modernização da fiscalização trabalhista
Cruzamento de dados de empregadores e empregados de todo o país vai identificar fraudes e irregularidades
Ainda neste ano, o Ministério do Trabalho pretende investir R$ 8,5 milhões para a compra de servidores superpotentes que irão compor o Big Data, sistema de informação da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT); outros R$ 3,5 milhões já forma usados para compra de equipamentos de alta capacidade de armazenamento de dados e de processamento.
Os equipamentos armazenamento, de potência semelhante aos usados pelo Serpro e Dataprev, já estão em funcionamento no ministério para armazenar bases como a Rais, Caged e, mais recentemente, os dados do eSocial doméstico.
Segundo o auditor-fiscal Edmar Bastos, coordenador-geral de Integração Fiscal do Trabalho, o Ministério do Trabalho está construindo um centro de gestão de informação com dados dos empregadores e trabalhadores contidos nas diversas bases de dados governamentais, como Receita Federal (faturamento das empresas, pagamentos a terceiros, comunicações de transporte etc.), INSS (comunicações de acidentes de trabalho, relação de benefícios concedidos etc.), Caixa, eSocial, Rais, Caged e Seguro-Desemprego. Essa interligação de dados vai possibilitar a criação de uma malha trabalhista. “O objetivo é detectar fraudes, sonegação de FGTS, identificar irregularidades trabalhistas por técnicas estatísticas de modo a efetuar os cruzamentos com alta velocidade”, explica.
O centro de gestão de informações irá completar a tecnologia Big Data da Secretaria de Inspeção do Trabalho, que permite lidar com imensos conjuntos de dados diversos e garantir a extração e análise das informações. O coordenador explica que esses cruzamentos serão feitos em todas as fases das auditorias trabalhistas.