Trabalho temporário simplificado pode gerar mais empregos
O cenário de instabilidade econômica exige a adoção de medidas emergenciais em prol da empregabilidade. Essa opinião é defendida por Vander Morales, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirização (Fenaserhtt). “Se houver incentivo por parte do governo, o trabalho temporário pode contribuir para a redução do desemprego. As recentes Instruções Normativas do Ministério do Trabalho e as Súmulas do Tribunal Superior criaram uma série de contradições e impeditivos à contratação. É preciso facilitar a geração de empregos formais e decentes”, afirma.
Regulamentado no Brasil pela Lei 6.019/74 e utilizado no mundo todo, o trabalho temporário, para Morales, deve ser visto pelas autoridades como um importante aliado no combate ao desemprego. “As empresas se esforçam diariamente para permanecer no mercado e arcar com custos e tributos. Todas precisam de mão de obra e, com tantos desempregados, por que não facilitar a criação de vagas temporárias para situações específicas e emergenciais como a crise pela qual o país está passando?”, questiona.
Ele lembra que grandes economias mundiais fazem uso do trabalho temporário para a empregabilidade em curto e médio prazo não só pela geração de renda, mas também pela aquisição de habilidades e experiência profissional. Segundo relatório econômico anual divulgado recentemente pela Confederação Internacional das Agências Privadas de Emprego (International Conferation of Private Employment Services), quase 90% dos temporários e efetivados nos Estados Unidos relatam mais chances de emprego, com acréscimo de habilidades no currículo após o contrato. Destes, 58% acreditam que o trabalho temporário ajudou na efetivação.